domingo, 14 de junho de 2009

NOTÍCIAS: Saúde mental, genética ou comportamento?


O comportamento do ser humano é mental. O comportamento mental é direcionado pelos pensamentos e sentimentos. Todos os comportamentos são mentais – somos o que pensamos. A ciência do terceiro milênio diz que a genética não é destino (revista veja edição 2109 – nº16 – 22 de abril de 2009) e concordamos plenamente com os cientistas que estão participando deste momento fantástico de descobertas importantes para a cura emocional do ser humano, mas ao mesmo tempo nossos estudos e pesquisas referentes ao comportamento humano pela metodologia da ciência do pensar, revelam que o comportamento mental pode ser destino. Hábitos, costumes e valores são passados de geração em geração, de pais para filhos. As nossas verdades e valores nem sempre são verdades e valores reais, mas passamos para as pessoas que estão sob nossa responsabilidade geradora.
A pessoa, ao nascer, traz consigo uma identidade única no universo. Não tem cópia. Mas, a personalidade é gerada a partir do meio social e familiar onde vive. Quando a criança nasce, já traz o comportamento emocional que recebeu no ventre da mãe. Se os pais passaram uma gravidez harmoniosa, suave, terna, consciente, provavelmente este bebê não terá comportamentos de ansiedade e agitação. Será um bebê calmo. Da mesma forma, esta criança receberá estímulos, motivações e conhecimentos que servirão de bases para a formação de sua personalidade.
Digamos que, nos primeiros tempos de vida, a criança vai se adaptando ao seu mundo através do livre arbítrio e vontade dos pais e do meio social em que está inserido. Esta formação vai gerar comportamentos. Os comportamentos geram ações e reações. As ações e reações desenham uma história de vida.
É no momento formativo, principalmente na infância, que são gerados os maiores traumas emocionais. A criança cresce, torna-se adulto e os traumas ficam escondidos na mente inconsciente. Cada vez que esta pessoa se defronta durante a vida com as situações traumáticas que estão guardadas no inconsciente, a mente reage e o corpo sofre.
Na maioria dos casos, os sentimentos reprimidos acabam materializando, no decorrer do tempo, uma personalidade difícil, insegura, tendo principalmente como base a baixa auto estima. Esta personalidade, para sobreviver diante da sociedade, necessita de máscaras que “personifiquem” o caráter. A máscara leva o indivíduo a comportamentos desequilibrados, e estes acabam se expressando através de ações que por sua vez trarão reações. Nesta sequência comportamental, a pessoa constrói a sua história de sofrimentos e de dor, ao ponto de fazer adoecer o seu corpo e o seu espírito. Todos estes fatos são gerados ou guardados na mente. Nada está fora dela.
A mente humana é composta por expressões de amor ou desamor, de ignorância ou sabedoria. É na mente humana que a inteligência se localiza, e é direcionada para o bem ou para o mal. A mente pertence ao espírito e o cérebro ao corpo físico. A mente envia ao cérebro estes sentimentos e este através do sistema nervoso central, encaminha-os ao corpo que reage positivamente ou negativamente. Se os sentimentos negativos não forem liberados ou tratados, permanecem na mente, fazendo o seguinte percurso: mente, cérebro e corpo. Esse percurso tem um efeito muito nocivo ao corpo humano, e enquanto o trauma permanecer no inconsciente, a mente estará desorganizada e infeliz e a pessoa sentirá manifestações e sintomas físicos como a depressão e as síndromes, ou outras doenças ainda mais graves e até mesmo insucesso profissional.
Por isso é preciso buscar através do auto conhecimento, a compreensão de si próprio. Quando a pessoa não se conhece, mantém dentro de si por muito tempo, sentimentos como a raiva, a tristeza, a mágoa, as decepções, o orgulho, o medo, a exclusão, o ciúme, vontades reprimidas, carências afetivas, distúrbios sexuais, etc..
É preciso, portanto, liberar estas emoções repressoras e negativas da mente, para se ter qualidade de vida, tanto física, quanto mental ou espiritual e ainda se resguardar de distúrbios mentais futuros.

Por Maria Ignez Figueredo
Especialista em
Educação Comportamental

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